O Marketing de Conteúdo
Depende muito da qualidade dos seus textos. Quando falamos em qualidade, estamos nos referindo a uma escrita engajante, originalidade, profundidade, ortografia/gramática em dia e, sobretudo, adequação à persona.
Um bom texto também se adapta perfeitamente à sua necessidade de existir, com as ferramentas para desenvolver melhor o tema proposto de acordo com o formato que foi pensado.
Os benefícios disso são inúmeros. Primeiro, a qualidade é um fator fundamental para SEO. Ou seja, o Google e outros buscadores avaliam bastante a consistência do material antes de definir o posicionamento dele em páginas de resultados. É necessário buscar esse padrão de qualidade e realmente escrever para se destacar.
Segundo, bons textos geram autoridade no mercado. Outras empresas começam a respeitar a sua empresa pela capacidade de dissecar um tema e oferecer o melhor direcionamento possível a ele.
Além disso, os clientes passarão a enxergar mais valor no que você oferece também. Eles podem até mesmo salvar o seu blog para sempre voltar a ele quando precisar entender um assunto específico.
Se os leitores associam um tema à sua empresa, quando eles necessitarem de uma solução para um problema dessa natureza, saberão que podem conseguir no seu domínio. Sua empresa fica posicionada como referência para as pessoas, como sinônimo de resolução de problemas e dúvidas.
Terceiro, um bom texto comunica algo a um interlocutor da melhor maneira possível. Otimiza a capacidade de transmitir ideias e valores, de modo que não haja dúvidas ou objeções na mente do leitor. Um conteúdo eficiente tem a capacidade de dizer o que tem para dizer de uma forma precisa, porém sem perder a empatia e a habilidade de ser engajante.
A transmissão se torna tão eficiente que o cliente se sente impelido a compartilhar nas redes sociais e a espalhar algo que ele considera valioso e único.
Em suma, o bom conteúdo vai impulsionar os resultados do seu marketing online. Vai trazer novos clientes, vai quebrar a resistência à marca e aos produtos e vai convencer o leitor a seguir na jornada. Gera leads, reconhecimento de marca e autoridade.
Tipos de texto que podem ser explorados
Como falamos na abertura deste artigo, a variedade é um fator que pesa no desenvolvimento de uma estratégia online. Afinal, diferentes temas pedem abordagens distintas, de acordo com o propósito.
Para chegar a um bom conteúdo, de modo a atingir os benefícios que mencionamos no tópico anterior, é necessário saber qual é o objetivo de cada um deles. Então, ao conhecer suas características, o redator é capaz de usar as melhores práticas e aplicar um direcionamento específico.
Existe ainda a possibilidade de adotar métodos de conteúdo interativo também para otimizar o resultado em termos de diversidade e engajamento.
Por isso, falaremos a seguir sobre os diversos tipos de texto que você pode explorar em sua estratégia de conteúdo.
1. Injuntivo
O texto injuntivo, ou instrucional, tem um simples objetivo: guiar o leitor e coordená-lo para fazer alguma coisa. Pode ser entendido como um manual de instruções ou até mesmo uma receita de como chegar de A até B. Na linguagem da tecnologia, chamamos isso de algoritmo.
Fonte: Nova Escola
A ideia é ser claro e objetivo, com foco em persuasão ou não. Um exemplo é envolver listagens com dicas passo a passo sobre como executar algo, ou seja, uma série sequencial de informações encadeadas. Outros exemplos: receitas, bulas de remédio, tutoriais etc.
O texto injuntivo se divide em dois tipos. Instrucional e prescritivo. No instrucional, o propósito é puramente ensinar a executar um processo, a fazer algo, com etapas. Ou simplesmente expressa um conselho. Já no prescritivo, o objetivo é dar uma ordem e convencer de forma incisiva o leitor a fazer uma ação.
No universo do Marketing de Conteúdo, você pode seguir uma abordagem injuntiva quando precisar ensinar algo em um tutorial ao seu cliente: “como instalar X em 5 passos” ou “como implantar o marketing de conteúdo com 10 passos”. Em artigos sobre assuntos técnicos, com um viés didático, por exemplo.
2. Descritivo
O texto descritivo é distinguido pela apresentação de características de algum objeto ou pessoa. No contexto comercial, pode significar a descrição de um produto, com suas vantagens e diferenciais.
Para isso, o redator tem a opção de usar comparações com outros produtos, enumeração de funcionalidades/diferenciais e uso de informações sensoriais de modo a gerar uma imagem consolidada na mente do leitor.
É possível dividir um artigo descritivo em objetivo e subjetivo. A descrição objetiva é menos sentimental e utiliza adjetivos moderados para chegar ao usuário com uma ideia concreta. Ao passo que a subjetiva envolve emoção e sentimentos e até poesia para atingir um viés mais literário.
3. Expositivo
O texto expositivo é um que tem um foco informativo e educativo, sem a presença de muitos adjetivos e de muita intervenção do redator. É um conteúdo que não aumenta ou altera muito o objeto que está sendo analisado, visto que intenciona apresentar a realidade como ela é, de maneira direta.
Há duas divisões possíveis: expositivo-argumentativo e expositivo-informativo. No argumentativo, utilizam-se fontes para desenvolver um tema central de argumentação e gerar convencimento, com dados, relatórios e pesquisas, por exemplo; no informativo, a ideia é expor de forma direta, sem tentar levar uma opinião ao leitor.
Fonte: umCOMO
Em um cenário comercial, existe a possibilidade de expor uma série de produtos, ao apresentar suas características de uma forma mais prática. Pode-se, inclusive, argumentar sobre por que um determinado produto é melhor para uma situação do que outro, porém sem floreios e sem um viés tão subjetivo e de julgamento como nas descrições.
Como exemplos, podemos mencionar notícias, entrevistas, palestras, conteúdo de seminários e materiais acadêmicos que visam expor uma teoria ou hipótese.
4. Científico
Outro tipo de texto a ser explorado é o com viés científico. Esse envolve estatísticas, dados de pesquisa, dados de relatório e busca um embasamento referencial para argumentar algo. Em alguns casos, pode apenas apresentar uma tendência sem necessariamente expressar um ponto de vista, como em resultados de pesquisas periódicas.
Para a produção web, mesmo que o objetivo não seja desenvolver um artigo inteiramente com esse propósito, o redator pode aplicar uma abordagem científica em alguns tópicos. O uso de dados e de pesquisa, além de um teor mais objetivo e experimental, conferem credibilidade e autoridade ao texto, posicionando muito bem a empresa.
5. Publicitário
O tipo publicitário, por sua vez, tem o intuito de persuadir e convencer o leitor acerca de um produto/serviço. A ideia é ser direto e combater objeções com informações práticas e consolidadas. Nesse tipo de produção, é comum que os profissionais adotem estratégias de persuasão, como os gatilhos mentais e recursos de copywriting.
É o mais próximo de uma peça voltada para a venda que temos nesta lista. O objetivo de todo redator de publicidade é atrair o interesse do leitor e gerar a vontade de conhecer mais e comprar daquela determinada marca. Mesmo que o usuário não compre no momento, ele poderá lembrar depois.
Fonte: Pinterest
A abordagem publicitária é, frequentemente, apelativa, com forte ênfase nos sentimentos. A ideia é gerar conexão e tornar aquela peça memorável e inesquecível.
6. Dissertativo
Um dos tipos mais comuns é o dissertativo, que intenciona, basicamente, expressar uma opinião sobre um assunto. Busca-se convencer o leitor acerca de um ponto de vista,subjetivo, do autor daquele material.
A persuasão também é fundamental, surgindo como um efeito do uso de recursos argumentativos. Como exemplos, podemos destacar editoriais de jornal, resenhas, ensaios, artigos gerais etc.
Fonte: Beduka
Existem duas variantes de uma dissertação. A primeira é a expositiva, que explica uma concepção ou um conceito e apresenta-os, sem estar fincada à necessidade de expressão do ponto de vista. Ou seja, o convencimento e a argumentação não estão em primeiro plano.
Já a segunda é a argumentativa, que produz textos que conhecemos bastante: os que tentam transmitir uma opinião em um esquema de introdução, desenvolvimento e conclusão.
7. Narrativo
Nosso último exemplo é o texto narrativo. Consiste em uma peça que conta uma história, com personagens, locação, fluxos temporais, pontos de virada, entre outros elementos. É o tipo gerado quando se usa story telling no Marketing de Conteúdo. Está diretamente envolvido com a expressão de emoções e a necessidade de criar uma conexão com o leitor.
Fonte: Página Por Página
Ao escrever com um viés narrativo, o redator não expõe ideias diretas, descreve produtos ou segue uma linha de raciocínio opinativo. O ideal é esquecer tudo isso e mergulhar em histórias, em dilemas de personagens e relações de personagens com outros. Fala-se por meio do que acontece na narrativa, a partir de simbolismos que permitem a interligação com a marca e com o cliente.
Como visto, os tipos de texto podem variar bastante entre si. Cada um tem suas peculiaridades e deve ser aplicado a depender de sua estratégia, dos temas que você está tratando e do que a sua persona gostaria de ler.
Em alguns negócios, o storytelling faz sentido, pois engaja os leitores propícios a isso. Em outros, o ideal é usar uma abordagem mais técnica e científica, com dados e relatórios.
Há situações em que a empresa precisa entregar um artigo descritivo ou expositivo acerca de produtos/serviços. Textos podem ser criados com um viés dissertativo, da mesma maneira. A diversidade com relação a tipos de texto deve ser mantida para que a equipe tenha mais chances de entreter e convencer o seu cliente.
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